quarta-feira, 16 de dezembro de 2009


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sábado, 5 de setembro de 2009

NO EVENTO SOBRE KALI YUGA, DE 30/08/09













Carlos Cruz inovou contando
a Lenda do Peixinho Vermelho.



Nelson Granado, com sua irreverência e encanto de sempre.

Alfredo Nahas elucidou acerca dos pensamentos de Chico Xavier e da forma como tais pensamentos corroboram com as revelações trazidas por Jan Val Ellam.


Rubens Cascapera trouxe importantes informações sobre os mecanismos da saúde e espiritualidade.


Finalmente, Jan Val Ellam falou,
causando o mesmo êxtase espiritual
em todos. Desta vez, numa harmonia
ímpar, coroada com presenças da Espiritualidade Maior e Espíritos de Escol.



























quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Violência do Outro

A natureza dos sentimentos humanos parece pertencer a um reino no qual a nossa compreensão ainda não ousou chegar, e nisso reside muito da nossa impotência em não conseguir entender algumas atitudes comuns à nossa raça.
Os cientistas costumam afirmar que existem três grandes enigmas a serem decifrados: a gênese universal, o surgimento da vida e a mente humana. Creio, porém, que o maior desafio é ainda o de tentar entender a nós mesmos.
Talvez por isso observemos tanto os outros sem que, contudo, tenhamos desenvolvido a habilidade de nos auto-observar – a não ser quando buscamos no espelho as nossas melhores proporções corporais ou na costumeira análise da vestimenta. Se assim é, residirá, portanto, no orgulho produzido pelo ego, a única motivação para ver a nós mesmos, nem que seja somente a nossa imagem refletida nos espelhos que escondem o mistério da nossa vaidade como também o das nossas frustrações.
Somos os melhores especialistas na observação visual “daquilo que podemos parecer” para os outros, já que nos acostumamos a viver de superficialidades. Mas, provavelmente, não temos conseguido criar a habilidade para ver além das fronteiras das imagens reflexas, pois a espécie humana parece jamais ter conseguido olhar para dentro de si mesma. Afinal, quem de nós consegue avaliar a si próprio, com um mínimo de procedência nos campos da lógica e da justiça? Contudo, medimos o próximo com a medida da nossa ignorância pois que, desconhecendo a nós mesmos, intentamos conhecer os nossos semelhantes – como se nisso residisse a lógica da nossa demência.
Acontecem hecatombes que nos chocam a sensibilidade como também casos isolados que conseguem chamar a nossa atenção, enquanto permanecemos completamente alienados quanto à destruição da vida que cotidianamente ocorre ao nosso redor. Que morram milhares mas se tais mortes ocorrerem pelos fatores de destruição já admitidos como “normais” ou “inevitáveis” pelo nosso psiquismo, que seja, “o mundo é assim mesmo”, costumamos pensar, quando não temos a pretensa ousadia intelectual de dizer isso em alto e bom tom. Porém, quando algo foge à rotina da nossa miséria espiritual e moral, “absurdo dos absurdos”, clamam acertadamente os incautos observadores do caminhar desta humanidade, esquecidos, porém, de acrescentar aos absurdos da vida o que eles próprios julgam como sendo normal e comum.
É deprimente perceber que não mais nos indignamos quando as forças do nosso complicado cotidiano atentam contra a vida de muitos. Isso não nos choca mais porque os nossos já insensíveis valores vêem com estranha normalidade o assassinato diário de milhares de pessoas perpetrados por esta estranha máquina de moer sensibilidades, que é a forma como a vida social se organizou neste mundo. Mas quando uma filha participa da trama do assassinato dos pais, o que é realmente lamentável sob todos os aspectos, nos apressamos a moralmente crucificar o já insepulto cadáver que, ainda vivo, observa a imprensa e as pessoas a patrulharem uma lágrima de arrependimento que seja no seu rosto petrificado pela insensatez.
Enquanto isso, na nossa face, a paradoxal insensatez — ou o que resta ainda da nossa capacidade de se indignar com algo ou alguma coisa — de nos acostumarmos com centenas de mortes estúpidas, as quais diariamente os nossos olhos vêem sem enxergar, ao mesmo tempo em que nos deixamos chocar pelas cores de fatos isolados nos quais a miséria humana atenta contra ela própria, no seu triste império estruturado nos valores do nosso anestesiado psiquismo.
O pior é que, mais que para julgar, dirigem-se as sensibilidades das pessoas no sentido de “demonizar” os miseráveis que, acima da média, assumem-se como sendo, entre os loucos, os mais doidos, pois que matam até os próprios pais. E serão sempre estes últimos a serem apedrejados pelos primeiros que, normalmente esquecem que não existem pedras suficientes na crosta terrestre para satisfazer a sanha de encontrar sempre pessoas ainda mais loucas que nós.
É deplorável como não conseguimos ver no próximo, por execrável que seja a sua atitude, um membro da nossa desgastada família humana, quando é esta mesma família humana que o ajuda a ser o que aparentemente é. Ao que parece, perdemos a noção de espécie, e mal percebemos quão danoso é, para a raça humana, ter entre os seus pares, desesperados que atentam contra a lógica da espécie já que, pelo menos, pai, mãe, filho e filha não deveriam jamais atentar uns contra os outros. O “pelo menos” aparece aqui como fator de aceitação desesperada da percepção de que muitos membros da espécie já aceitam que se mate por este ou aquele motivo. Mas matar o pai e/ou a mãe, o filho e/ou a filha, isto não!
Somo tão imaturos que esquecemos de observar que o germe, por trás do ato de matar ou de destruir, é o mesmo, independente das cores que venham a “sensacionalizar” o estúpido ato de atentar contra a sensibilidade de alguém, seja este alguém quem for. Precisamos urgentemente nos desacostumar em aceitar a morte não natural que cotidianamente marca muitas famílias deste mundo. É imperioso perceber, por trás de cada uma dessas mortes promovidas pela violência urbana, pela disputa entre grupos de traficantes de drogas, pelos conflitos étnicos, enfim, pelas guerras entre nações, os sentimentos do ódio represado e o da falta de compromisso com a vida como fatores desencadeantes da infelicidade planetária. E a grande questão que temos para repensar é: quem determina ou determinou que a vida na Terra tem que ser desse jeito? Os nossos hábitos institucionalizados como normais e aceitáveis — é a triste resposta. E se mais fôssemos aprofundar a questão teríamos que perguntar ainda: como chegamos a esse ponto? Processos educacionais equivocados, ignorância das gerações que na posição de filhos não compreenderam seus pais e quando na posição de pais não souberam educar seus filhos. E assim caminhou e ainda caminha a humanidade: cegos guiando cegos, porém, todos muito orgulhosos das suas capacidades intelectivas para perceber a realidade que os envolve.
A nossa percepção é tão frágil que sempre que algum membro da nossa raça se apresenta como sendo a antítese do que deveríamos ser, identificamos, com absoluta precisão, tudo o que nos diferencia da ovelha negra do momento, produzida pela mídia. No entanto, por covardia moral ou por falta de lucidez, deixamos de perceber o que nos pode assemelhar a esses a quem apontamos como sendo os violentos, os traidores da vida. E na verdade, somos todos violentos e poucas são as exceções na nossa espécie.
Perdemos a noção do que somos, se é que ainda somos alguma coisa enquanto seres humanos, já que o valor que costumamos dar a vida alheia somente salta aos nossos olhos quando a órbita da nossa percepção gira em torno do que tachamos como inaceitável. O problema é que o aceitável para nós é, na verdade, tão inaceitável quanto o que costumeiramente percebemos como tal. A única diferença é que o aparentemente aceitável se veste de aspectos horrorosos e, somente então, despertamos para o que nos causa indignação.
Ora, não deveríamos, em nenhuma hipótese, nos acostumar com a morte não natural de qualquer ser humano. Em tese, não seria cabível que nos permitíssemos distorcer de tal maneira a nossa sensibilidade, para chegarmos no ponto de achar normal “matar na guerra”, posto que os que assim fazem costumam ser homenageados, e ai daqueles que não “cumprirem o seu dever”.
O leitor deverá estar se perguntando se este missivista está defendendo o fato de alguém ser obrigado a ir para uma guerra e não guerrear com o aparente inimigo. Não, não é isso. É muito pior. Porque o germe, por trás desta questão é a estranha doença que nos marca de formular argumentos lógicos para as nossas loucuras enquanto nos inabilitamos a perceber que nada justifica “matar alguém”.
As nossas guerras são estúpidas e poucas delas encontram estrutura lógica diante dos valores que nobilitam a vida na Terra. E as poucas que encontram carecem de terem sido provocadas pela insensatez das nações quando criam vácuos na esperança das pessoas e estas se deixam levar por idiotices ideológicas como por exemplo as do nazismo e do fascismo.
O que deixamos de perceber é que não devem ser somente os “loucos institucionalizados nos poderes deste mundo” que descobrem a lógica e a razão para matar alguém ou muitos, com as suas doutrinas de guerra, mas também os “loucos”, assim avaliados pelos “institucionalizados”, formulam as suas lógicas pessoais e as suas razões para cometer crimes com as chamadas cores fortes da frieza e da insensibilidade humanas. Mas é o mesmo vírus a provocar — tanto nos aparentemente grandes timoneiros da epopéia humana que criaram e criam as guerras como nos solitários assassinos — a febre da loucura e da sanha em matar o próximo. Contudo, o repetimos, os primeiros “demonizam” os últimos como se existissem grandes diferenças entre pertencer a uma ou a outra situação. E muitos de nós, a chamada opinião pública, que pretendemos não ser nem uma coisa nem outra, nos deixamos levar pela onda ativada pela mídia que, sempre apressada, expressa o brilho dos seus aparentes apelos de indignação no varejo, deixando de observar o atacado da multidão de corpos sem vida. Mas, para que adianta contar os cadáveres se o que nos chama a atenção é somente a aparente cor ou o gênero do desastre?
Existem profecias de toda ordem feitas num tempo em que se referiam a um longínquo futuro e eis que estamos vivendo exatamente os tempos preditos pelo Apocalipse, dentre outras fontes proféticas. Ao mesmo tempo em que vemos as torres da esperança de muitos desabarem diante dos olhos atônitos da humanidade, esquecemos de aprofundar a análise do porquê essas coisas terem de ocorrer. Acostumamos a assistir as desgraças ao nosso redor sem que contudo tenhamos nos habilitado a entendê-las. E mesmo sem atinar para a causa das profecias e dos vaticínios referirem-se quase sempre a eventos onde a violência é entronizada pela estupidez humana como a força motriz do nosso desespero, seguimos na nossa dialética infantil conjugada ao mais insensato maniqueísmo classificando o que é o bem e o que é o mal, como se o bem se fizesse representar por quem semeia a exclusão social e a miséria moral em muitas regiões do planeta em nome dos seus pretensos nobres ideais de liberdade. Que tipo de liberdade, se a opressão econômica e política é a tônica das suas ações imperiais?
E o triste é supor que “o lado do bem”, tido por parte da mídia mundial, foi exatamente quem mais promoveu “guerras frias e quentes”, desde a segunda metade do século XX até os dias atuais. E é imperioso perceber que uma atitude doentia de um lado sempre provocará insanidades no lado oposto. Pena que não se perceba o óbvio, ou seja, estamos todos adoentados porque perdemos a capacidade de amar o nosso semelhante; porque conseguimos destruir todos os valores que dão sustentação lógica à vida na Terra, a saber, a honestidade de propósitos e de atitudes, a ternura, a tolerância, a solidariedade, enfim, o respeito à ética e à virtude, tão decantadas pelos filósofos da antiguidade mas completamente esquecidas pelos da atualidade.
O problema não está nessa entidade supra-humana chamada humanidade, o problema está em cada um de nós. O problema não está no outro mas sim em mim mesmo. O problema não está nesta ou naquela nação mas no exercício tacanho de uma cidadania de cunho nacionalista desprovida de qualquer noção mais ampla da espécie que formamos, enquanto família planetária. E o que, neste mundo, é feito em função do ser humano, visando o seu melhoramento?
Será que perdemos a substância do que somos e a referência do que deveríamos ser? Será que perdemos o sabor ou será que ainda temos jeito de observar e viver a vida e, mais ainda, termos a nós próprios como os responsáveis pelo destino do nosso berço planetário e de todos os que nele vivem?
Sou dos que pensam que há algo no nosso íntimo que jamais permite que nos transformemos naquilo que não somos ou, em outras palavras, por piores que possam ser as nossas atitudes, somos seres humanos com uma infinita capacidade de amar e nisso reside a nossa grande herança divina. Os que assim não logram expressar na generalidade das suas relações é porque estão adoentados em algum grau. Sob esta perspectiva, a quase totalidade dos que vivem neste mundo está adoentada. E a tal ponto que aceita como trivial o assassinato diário de milhares de pessoas que possam estar situadas longe das suas sensibilidades pessoais. Porém, se uma só morre no âmbito da sua percepção emocional.., cruz credo, é coisa do demônio.
Por falar nele, coitado! Creio que o ultrapassamos no que sempre se pensou ser ele o mais aquinhoado.
Sinceramente, precisamos criar mais um desempregado neste mundo, já que o mítico demônio deve estar completamente surpreso com tanta maldade e ignorância, pois nem mesmo ele seria capaz de tanta insensatez.


J V Ellam

Farinha do mesmo saco

Pergunta: Como a espiritualidade vê a corrupção no Brasil e qual a perspectiva dela em relação ao nosso país?

Resposta: Um ditado popular da idade média dizia que quando um rei iletrado assume o poder é o mesmo que coroar um jumento.

Quem está respondendo aqui é o nosso amigo Rochester, ele não está se referindo ao presidente da Republica do Brasil, ele está se referindo basicamente a quase todos os líderes mundiais no que se refere ao aspecto que abordaremos a seguir.

Há um problema profundo, não de cultura, mas de ignorância da parte do ser humano e os nossos líderes bem ilustram a questão. Os prepostos das principais organizações planetárias, não só os países, mas principalmente as macro forças que realmente comandam o destino do planeta, são, na sua maioria, absolutamente ignorantes em relação ao pano de fundo cósmico-espiritual que envolve a vida terrena. O destino da Terra é guiado pela estupidez dos que votam e dos que são votados; dos que são escolhidos, dos que se auto-escolhem, isso nas regiões do mundo onde ainda se pode votar. Pior ainda é nas ditaduras, detestáveis sob todos os aspectos, posto que anacrônicas e criminosas. Sob a perspectiva espiritual nada há de surpresa nessa questão, e nem mesmo de interessante em observar essas questões, até porque dos ambientes espirituais a estupidez humana no trato com a vida é percebida de pronto, além de muitas outras coisas que de lá se percebe as quais na Terra jamais serão percebidas.

Para a espiritualidade, diferente do que ocorre para os que vivem na Terra, as coisas não permanecem ocultas quando alguém comete algum equivoco; aos olhos do mundo normalmente o "errado" ou "quem errou feio" não aparece, mas para a espiritualidade, tudo fica muito claro. Ela não participa da surpresa que os brasileiros estão tendo; não participa da surpresa que outros irmãos nossos de nacionalidades diversas estão tendo, porque simplesmente não há surpresas, somente lamentação, porque de lá se percebe tudo e sabe-se, com boa dose de probabilidade, onde tal problema represado vai desaguar.
Porém é dever da humanidade pelo menos saber contar os números de mortos provocados pela estupidez das atitudes humanas. No século XX, segundo aqui o nosso amigo está registrando, os nossos irmãos em espécie homo sapiens, Mao Tsé Tung, foi responsável por cerca de mais 70 milhões de mortes; Hitler, cerca de 50 milhões de mortes; Stalin, algo em torno de 30 milhões. Somando a responsabilidade desses três homens, mais as contribuições de um Idi Amim, Saddam Hussein, dentre outros, para o cadafalso moral da humanidade no século XX, temos a absurda marca de quase 200 milhões de assassinatos em um século.

Nesse sentido, diz Rochester, Pol Pot, Saddam Hussein e Idi Amim, que "só mataram cerca de 10 milhões de pessoas" parecem apenas meninos travessos.

Nós costumamos "demonizar" Hitler, Stalin, Mao Tsé Tung, mas esses homens sozinhos nada fariam. Hitler teve toda uma assessoria de homens e mulheres das melhores famílias da Alemanha, que achavam certo, naquela época, fazer o que estava sendo feito. Com Mao Tsé Tung e Stalin aconteceu o mesmo.

Lavrenti Beria escreveu um livro transformando Stalin no grande ídolo do "Cáucaso", e de vergonhoso bajulador com um simples livro tornou-se o homem mais importante do governo de Stalin, passando a ser o homem que apontava quem deveria ser ou não trucidado pelo sistema.

Todas as cabeças pensantes da União Soviética foram liquidadas em duas décadas e a crise hoje que se vê na Rússia (segundo Rochester), deve-se exatamente à falta de pessoas inteligentes, pois todas foram aniquiladas pelo sistema Soviético. O que se fala em termo de Rússia, pode se falar em relação a qualquer país, cujo regime ditatorial se fez presente ou ainda se faz presente.

Na Rússia de hoje, a população diminui cerca de cinco milhões de habitantes ao ano; se continuar desse jeito, somando-se ao problema de outros países que também sofrem os efeitos do mesmo problema, daqui a 10 anos começará um déficit populacional na Europa, em cerca de 30 milhões de pessoas-ano, sem contar as mortes acidentais.

A maquina da morte que se estabeleceu no mundo, não foi só a patrocinada pela estupidez de Mao Tsé Tung, Hitler, Stalin, Saddam Hussein e Idi Amim, somos todos nós que financiamos esse tipo de coisa, basta ver a nossa apatia diante do caos planetário, o "anestesiamento" das pessoas perante o sofrimento alheio, a nossa criminosa incapacidade de sentir indignação, pois já achamos "normal" o que é uma aberração, enfim, a nossa conivência com a degradação moral da humanidade, isso sem nos referimos aos "fãs de carteirinha" desses que ainda são mais "doidos" do que a média humana.

Então, respondendo diretamente à pergunta que nos foi feita, olhar para a questão que ora ocorre no Brasil, isso não é problema, isso não é surpresa, isso vem ocorrendo há muito tempo não só no Brasil, mas no Paraguai, na Bolívia, como ocorre em todo e qualquer país da América Latina, como está ocorrendo em todos os paises da África, em quase todos os paises pobres da Ásia, etc e tal. Esse é um problema da humanidade, o problema, chama-se "o ser humano" que decaiu a ponto tal de cegueira e estupidez diante dos fatos que transformou a vida em algo aparentemente absurdo e impossível de dar certo. Ou se investe no ser humano, ou nada disso é resolvido. Criamos a cultura de produzir sistemas que disputam uns com os outros a hegemonia da eficácia, ou seja, produzimos os tais "ismos" aos quais já nos referimos em outras reuniões: comunismo, socialismo, capitalismo, monarquismo. Aí também entram as religiões: catolicismo, espiritismo, protestantismo, islamismo. Nós ficamos brigando em torno dos "ismos da vida", mas nenhum funciona razoavelmente, porque quem faz esses "ismos" funcionar é o ser humano e o ser humano, com a marca da sua cegueira e ignorância que o transforma em agente estúpido da sua própria derrocada existencial, incompetente para arquitetar a própria felicidade.

O que fazer então? Investir no ser Humano, não há outra alternativa e nem muito menos existe fórmula milagrosa para resolver os problemas por aqui. Mas qual a política do mundo, qual a discussão política de algum estado que se preocupa com investimento no ser humano? Em que país, qual a candidatura de algum presidente, ao longo das ultimas décadas, que apresentou tema pontual preocupado em investir no ser humano com vistas ao melhoramento do nível da vida planetária? Segundo Rochester, não há nenhuma.

Enquanto isso não for feito, enquanto a população mundial não perceber o óbvio, nada vai funcionar direito aqui na Terra, mesmo depois da visita de Jesus, mesmo a Terra voltando a conviver com seres de outros orbes; enquanto o ser humano terráqueo não perceber o óbvio e começar por ele próprio, a perceber e dar testemunho dessas verdades maiores da vida, tudo sempre será extremamente estúpido por conta da ignorância humana.

Segundo Rochester, não há surpresa na espiritualidade, nada há sequer para se aplaudir ou vaiar, pois, conforme Shakespeare descreveu nas suas obras, notadamente em Hamlet, ele mostra a incompetência de um rei em lidar com o poder e, sendo o rei é um livre pensador, como foi o caso do príncipe que herdou o reinado na narrativa de Shakespeare, ele se perde o entre pensar bem e ter de atuar de forma dolorosa para manter o reino funcionando, pois a massa humana é tão doida que qualquer príncipe bem intencionado haverá sempre de se corromper ou de violentar o próprio pensamento, para poder controlar e satisfazer as massas.

No final das contas de quem é a culpa, da massa ou do príncipe? O grande problema do drama humano, traduzido em muitas das obras clássicas da humanidade, resume-se exatamente em: o ser humano jamais aprendeu a lidar com suas próprias paixões, com o dinheiro, com o poder, com o prestígio, com o amor. Então o problema não é de fulano de tal, o presidente tal, ministro tal, o problema é nosso, é da espécie homo sapiens; nós precisamos ter consciência de que é assim, de que não é Mao Tsé Tung, não é Lula, não é Bush, não é Tony Blair, não é fulano, não é beltrano o culpado de coisa alguma; esses são os grandes responsáveis pelos atuais equívocos, pela suas posturas inconseqüentes e pela distância imprudente que os seus discursos costumam ter do que se tem como sendo a verdade dos fatos, o que revela ou uma tendência a faltar sempre com a verdade ou simples incompetência pessoal para enxergar o mundo a sua volta. Mas equívocos de todos os naipes sempre ocorreram ao longo da história humana, e o que estamos vivendo hoje é simplesmente mais uma página desse triste drama.

De nada, portanto, adianta "demonizar" essas pessoas se nós não temos a ninguém para aplaudir, se nós não conseguimos sequer aplaudir a nós próprios, como cidadãos distanciados do poder, mas que também nos corrompemos e fazemos corromper com pequenas atitudes. Qual a diferença? Qual a estrutura que uma sociedade pode ter se, na sua base, no anonimato das vidas dos cidadãos discretos, ocorrem corrupções também de todo naipe? Essa é a tônica da existência humana terrena, e nós, na espiritualidade, literalmente percebemos isso em todos os quadrantes do planeta. E o pior, quando aí estamos somos co-participantes desse drama (quem estava dando a mensagem era Rochester).

Então, voltando ao assunto especifico da pergunta, abordar a corrupção brasileira é somente um aspecto de uma questão mais deprimente; em termos do que se observa da espiritualidade, é um detalhe a mais é uma questão a mais para se lamentar.

Como cidadão (e agora quem fala sou eu), eu acho ótimo que isso tenha vindo à tona, porque isso acontecia há muito tempo e muitos sequer percebiam. Na verdade, as máscaras já tinham caído há muito tempo. Afinal de contas, quem de nós aqui nessa sala (falando dos encarnados) acredita em quê, em termos de políticos? Se formos tentar lembrar dos últimos políticos nos quais votamos, talvez até consigamos - ou será que não? Porém, nenhum de nós vai saber dizer o que o político em que nós votamos fez ou deixou de fazer.

Devo dizer que me lembro em quem votei para deputado estadual e federal; devo dizer que já tive o prazer moral de chegar para uma dessas pessoas e dizer: votei em você, mas já não voto mais, estou avisando! Pretendo um dia avisar a outra pessoa em quem votei. Acho que além de um direito é quase um dever de cidadania, pela forma como as coisas estão. Mas não estou - e nem os espíritos aqui presentes - aconselhando a quem quer que seja agir dessa ou daquela forma. Estimo apenas que cada pessoa aja de algum modo para sair da inércia política em que se encontra a sociedade planetária, notadamente aquelas que pertencem ao chamado terceiro mundo.

Há um outro político em quem costumo votar por amizade e por admiração pelo que ele faz e tenta fazer, mas, votar somente por amizade ou interesse é atitude subdesenvolvida da nossa parte. Nós não deveríamos votar por amizade, nós não deveríamos votar por troca de favores, nós deveríamos votar por questões de compromissos em torno de princípios filosóficos. Enquanto nós não fizermos isso faremos o quê?

Votei em Lula quatro vezes seguidas. Na época de Collor, votei em Mario Covas, Covas não ganhou e houve o segundo turno, Fernando Collor e Lula. Eu me lembro, deitado numa rede, no dia anterior à votação eu pensava: meu Deus! Fiz parte de uma geração que brigou o tempo inteiro para ter o direito de votar. Chegou a hora de votar e não sei em quem votar desses dois. A pergunta que eu me fiz e que foi decisiva naquele momento foi: não tenho nenhum motivo para votar em Collor, também não tenho nenhum motivo para votar em Lula, então eu vou fazer o caminho inverso. O mundo está complicado desse jeito é por causa de figuras do tipo Collor ou de Lula? Aí disse para mim mesmo: do tipo Collor. Então em Collor não voto! Eu tenho duas opções, ou anulo, ou voto no Lula. Então votei no Lula, como também votei em FHC (no seu primeiro mandato) e no Lula em outras oportunidades e nessa última que o elegeu para presidente, o que me envergonho profundamente, pois senti-me fraudado pelas suas atitudes e posturas que não conseguem honrar o cargo que lhe foi delegado pelo voto. Quando votei em FHC o sentimento não foi diferente; foi, também, de frustração!

Sempre dizia para mim mesmo: não embarco em avião cujo piloto não tivesse preparado para pilotar. Ser presidente de um país é muito mais complexo que pilotar um avião e o terrível foi ter que votar em alguém que jamais se preparou para as responsabilidades do cargo. O que dizer? Eu não posso reclamar, eu votei no sujeito, eu posso reclamar dele, eu não posso reclamar da situação, eu acho que é bom que venha a tona, é bom que nós aprendamos com os próprios erros; afinal, a democracia nos permite renovar sempre a aprendizagem. Que seja. Ditadura nunca mais! Basta!

Infelizmente, com a ajuda do PT, as novas gerações estão se transformando em descrentes na política, o que é lamentável. Os desmandos dos que fazem o PT contribuíram, decisivamente, para que no Brasil e na América Latina, as novas gerações não acreditem e não queiram perder tempo estudando os ideais de esquerda, o que nos torna cada vez mais ignorantes.

Precisamos nos aproximar do processo político; precisamos desesperadamente estar bem informados para poder nos posicionar; precisamos valorizar os nossos votos; valorizar a nós próprios; nenhuma sociedade honesta produz políticos corruptos e se os produz, logo os tira. Mas também nenhuma sociedade corrupta haverá de produzir políticos honestos. Um pé de goiaba não dará manga de jeito nenhum.

Claro, devemos cobrar responsabilidade dos políticos, mas nós também devemos cobrar a nossa responsabilidade, a de cada um de nós.


Jan Val Ellam

Grupo Atlan - Natal, 11.07.2005 –
www.atlanbr.com.br
Transcrição - Luiz Carlos.

Jan Val Ellam: da Ufologia à Espiritualidade

Entrevista dada por Jan Val Ellam
à Revista UFO


Jan Val Ellam: Da Ufologia à Espiritualidade


Eis alguém que foge ao trivial, que se põe em risco pelas idéias que apresenta – apesar de afirmar não pretender veicular verdades, apenas “sementes para reflexão”. Esse é Rogério de Almeida Freitas, ou Jan Val Ellam, que já foi ufólogo de investigar casos de ataques de ETs a humanos no sertão nordestino e hoje é uma das vozes mais ouvidas no universo espiritualista nacional. Em sua trajetória como escritor e palestrante ressaltam-se duas características principais: a análise de vanguarda em relação a assuntos históricos e sagrados – notadamente vinculados aos aliens – e a prudência que demonstra no campo das conclusões, sem apego aos conceitos que defende.
Ele próprio solicita cautela a quem o lê ou escuta, seja nas palestras ou nos dois programas de rádio que veicula semanalmente (nos domingos à noite): o Projeto Orbum, da Rádio Boa Nova [www.radioboanova.com.br], de São Paulo (SP), e Conversas sobre a Espiritualidade, da Rádio Poty, de Natal (RN). Seu mais recente livro, Fator Extraterrestre [Editora Zian, 2004], foi lançado na última Bienal, passando imediatamente a ocupar lugar de destaque na vasta quantidade de obras que tratam do tema ufológico e seus variados aspectos. Seja pela singularidade dos assuntos ali enfocados, ou mesmo pelo modo de exposição das idéias, o que facilita o entendimento de problemas complexos ainda carentes de respostas objetivas.
O livro tem a capacidade de conduzir o leitor pelos intricados mistérios que unem o ser humano ao contexto ufológico. Nele são apresentadas questões sobre a origem da vida, o entendimento do chamado “elo perdido” da gênese humana, o isolamento cósmico da Terra, as abduções, os obstáculos psicológicos e de outros naipes que impedem o estudo transparente da temática extraterrena. Fator Extraterrestre também aborda a necessidade da espécie humana de empreender esforços para conhecer e colonizar outros planetas, vislumbres quanto ao futuro da Terra e outros assuntos ligados aos alienígenas, que sempre marcaram e continuarão a influenciar a nossa existência.
Rogério de Almeida Freitas tem um perfil profissional que em nada se assemelha às atividades literárias que desenvolve como Jan Val Ellam. Formado em administração de empresas, ele acumula hoje os cargos de diretor executivo da Federação do Comércio do Rio Grande do Norte e de diretor de um grupo português que tem quatro empreendimentos turísticos no litoral norte daquele Estado. Segundo suas próprias definições, foi por “covardia moral, numa tentativa de preservar minha então profissão de gerente de banco, que passei a publicar os livros com o pseudônimo”. Conforme refletia à época em que se lançou no universo literário, “caso esses livros possam ser úteis a alguém, pouco importará o nome do autor terreno”.
Freitas, ou Ellam, esteve no Programa do Jô, em 25 de junho passado, onde mostrou dominar como ninguém o tema que abraça. O apresentador, notoriamente avesso a assuntos como espiritualidade e Ufologia, tratou o entrevistado com especial deferência. O entrevistado aceitou conversar abertamente sobre Ufologia e espiritualidade com a REVISTA UFO, que destacou para a missão os consultores Miriam Heder Porto e Reinaldo Prado Mello, sob coordenação do também consultor Nelson Vilhena Granado. “Ellam tem abordado questões filosóficas, históricas e religiosas polêmicas em seus livros. E sempre encontramos em suas elucidações a estranha segurança de quem parece tratar desses complexos temas com um toque de simplicidade e de coerência que sensibilizam”, declarou Granado, falando pelos três.
Por onde passa, Ellam esforça-se em ajudar a despertar as pessoas para que reflitam sobre a temática ufológica despida de apegos a conceitos e crenças. Para ele, na Ufologia não cabe crença e nem egocentrismo de opiniões pessoais porque, “sejam quais forem as cores do fenômeno ufológico, elas simplesmente representam a verdade que nos rodeia”.
UFO — Ellam, como surgiu esse seu envolvimento com a Ufologia?
ELLAM — Comecei a trabalhar desde cedo e, de certa forma, logo adquiri a independência financeira para a realização de pequenos projetos. E estudar os estranhos eventos que ocorriam no interior do meu Estado, o Rio Grande do Norte, foi exatamente o primeiro projeto de vida. Solteiro, com recursos disponíveis e fins de semana para ir a campo estudar aquela estranha fenomenologia, ajudei a fundar o então Centro de Pesquisas e Estudos Ufológicos do Rio Grande do Norte (CEPEU), do qual fui presidente. Como os acontecimentos no Estado tornavam-se crescentes, e as notícias sobre os mesmos logo iam ultrapassando as fronteiras do Estado, fui procurado, na época, pela professora Irene Granchi, junto a quem dei os primeiros passos no estudo sério e criterioso dos acontecimentos ufológicos.
Através dela conheci Bob Pratt, com quem cheguei a me dirigir por diversas vezes ao interior do RN, nas duas oportunidades em que ele veio dos Estados Unidos para estudar os tais fenômenos. Por sinal, Bob faz referência a esses estudos de campo em seus livros. Atualmente, faço parte do grupo Atlan, que de certa forma, diante da minha sensibilidade, é uma continuação do que um dia representou o CEPEU.
UFO — Por que você acabou dando uma guinada para o esoterismo, vindo até a escrever livros sobre espiritualidade?
ELLAM — Na verdade, a palavra esoterismo não se enquadra nos fatos que me envolveram e que ainda me envolvem. Mas que seja! Foi um processo independente da minha vontade, na medida em que sempre pautei meus estudos e pesquisas pela chamada metodologia clássica. A bem da verdade, devo dizer que não gostava quando via a Ufologia ser tratada com cores místicas, aquilo que hoje é chamado de canalização. Pensava, como ainda penso, que a fenomenologia ufológica já é por demais estranha aos padrões humanos para que um outro fenômeno – também estranho à verificação humana – fosse à ela associado para explicá-la, como é o caso da canalização.
Estava além da condição humana controlar um ou outro processo, o que me limitava às possíveis conclusões quanto aos fatos ao meu redor. Para minha surpresa, uma série de eventos que transcendiam o padrão comum da ótica humana começou a ocorrer comigo, o que me levou a me isolar cada vez mais, na tentativa de compreender o que estava ocorrendo. Acho que só não enlouqueci porque tenho uma dose suficiente de bom humor para levar adiante os fatos da vida.
UFO — O que sobrou em sua vida da experiência que você teve com a chamada Ufologia Clássica?
ELLAM — Uma única certeza: a de que realmente um estranho processo estava acontecendo, só que produzido por um tipo de inteligência que não me é dado avaliar. Somente isso. Qualquer conclusão além desta era, para mim, uma temeridade ser afirmada. Talvez por isso comecei a ser envolto por uma série de eventos que me levou a escrever – como ainda estou fazendo – uma quantidade de livros que impressiona a mim mesmo. Ainda assim, jamais pretendi ou mesmo me permiti afirmar que as teses e os possíveis esclarecimentos que modestamente tento apresentar nos livros que me foram encomendados – por essas inteligências que se dizem não-terrenas – sejam verdade.
Não tenho como provar a mim mesmo, nem muito menos a ninguém, que o teor do que escrevo está correto. Devido a isso, seja nos livros que escrevo ou mesmo em palestras, sempre procuro deixar absolutamente claro a pequenez que me marca diante das “notícias” que chegam através da minha modesta capacidade de entendimento.
UFO — Você também tem uma expressiva audiência entre os segmentos espíritas e espiritualistas brasileiros, não?
ELLAM — Nos programas de rádio de que participo semanalmente também procuro deixar registrado que é prudente que os ouvintes não tomem como questão de crença o que ali está sendo veiculado – e sim que aquela tentativa de esclarecimento seja tomada apenas como uma oferta de sementes para reflexão. Nada mais. Exerço apenas o direito de apresentar as teses com as quais me envolvi, sem que pretenda convencer a quem quer que seja a respeito de coisa alguma. Assim procedo porque julgo não ser apropriado falar sobre o que desconhecemos – em termos de experiência pessoal – ou dar por sabido aquilo que ainda precisamos descobrir.
Agir dessa forma é expressar uma crença e não tentar formular teses quanto ao entendimento da realidade maior que nos envolve. E o “todo da Ufologia”, como costumo dizer, não cabe em nenhuma crença e muito menos no egocentrismo das opiniões pessoais. Porque, sejam quais forem as cores do fenômeno ufológico, elas simplesmente representam a verdade que nos rodeia. É questão a ser descortinada, descoberta, jamais acreditada, sob pena de continuarmos a estimular o processo de “cretinização” da humanidade que está em curso, com o perdão da palavra.
UFO — E como você observa o desenvolvimento da Ufologia na atualidade, em especial no Brasil?
ELLAM — Acho a Ufologia ainda um campo fértil para a pesquisa, para o estudo e semeadura de teses e de postulados, mas sem que haja a apressada perspectiva de se colher frutos cujo sabor seja o do que consideramos como sendo verdade. Por enquanto, creio ser tempo ainda de se colher a casuística apresentada pelos fatos, estudá-la de forma criteriosa, enquanto cresce a perspectiva de análise em relação às teses que possam ser apresentadas, sejam elas quais forem.
Vamos dar ao fenômeno um pouco mais de tempo e talvez o aspecto dos fatos mude – não porque o mereçamos enquanto comunidade planetária, mas sim porque os indicativos de que o processo ufológico que envolve esta humanidade, há tanto tempo, levam alguns estudiosos a admitir a hipótese de que o mesmo, em suas linhas gerais, parece estar sendo financiado pela insistência amorosa de alguém especial que reside além das fronteiras terrestres.
UFO — Como assim? A quem você está se referindo quando fala em “financiado pela insistência amorosa”?
ELLAM — A Jesus. Refiro-me a ele e a outros. Talvez estejamos ofendendo de tal maneira a dignidade da vida, além de estarmos estragando este belo berço planetário que sustenta a estupidez existencial que, partindo da premissa de que realmente os ETs existem e já estão por aqui desde há muito, sejam eles quem forem, seguramente devem ter uma certa reticência em nos contatar. Afinal, vivemos como monstros, matando-nos uns aos outros sob as mais enlouquecidas argumentações, abrindo criancinhas vivas para retirar os seus pulmões e vendê-los no mercado negro de órgãos – o que certamente deve espantar a quem quer que nos observe de fora.
O interessante é que muita gente na Terra tem medo dos ETs quando, na verdade, devem ser eles que “morrem de medo” da espécie biológica que domina nosso planeta. Muitos aliens já vieram à Terra e deram as suas vidas com o objetivo maior de, mais que ensinar, testemunhar o único modo que o ser terráqueo tem à sua disposição para evoluir, que é o de construir o comportamento elegante – sob a perspectiva das leis e dos costumes siderais – que marca a conduta de qualquer cidadão cósmico minimamente evoluído. Nesse ponto eu falo da postura amorosa para com o próximo e para com tudo mais que o envolve.
UFO — Mas o que tem a ver o sentimento de amor e a memória de Jesus com o assunto Ufologia?
ELLAM — Infelizmente, o tema amor é encarado como algo utópico, desfigurado pela hipocrisia do proselitismo estéril do sentimento religioso pouco evoluído e, portanto, inadequado para a prática por parte de seres que entronizam a esperteza e a violência como a tônica de suas vidas – apesar de falarem sobre o amor em todas as suas formas de cultos. Sob essa perspectiva, da mesma maneira que os humanos violentos deste mundo estão presos nas cadeias, pois a sociedade não suporta conviver com eles, assim os seres violentos dessa parte do Cosmos parecem estar isolados nesse belo planeta – até que expressiva parte das criaturas que ali residem venha a se habilitar na arte de expressar ternura pelo seu semelhante, permitindo, assim, que a Terra deixe de ser um mundo isolado e passe a conviver com as demais humanidades celestes.
Isso está prestes a ocorrer, de acordo com os postulados que defendo no livro Reintegração Cósmica [Editora Zian, 2003]. A Ufologia é o elo que nos prende ao futuro. Seja ele qual for, apenas um pouco mais de tempo transcorrido e a Terra deixará de ser um mundo isolado, voltando a conviver com algumas poucas equipes de “irmãos de fora”, que já nos preparam para a posteridade. Isso, repito, conforme as notícias que tenho recebido ao longo dos anos. Posso, contudo, estar equivocado quanto ao entendimento dos fatos e das mensagens que julgo receber.
UFO — Abduções e implantes, mortes e traumas psicológicos de abduzidos, dentre outros, são aspectos inquietantes da fenomenologia ufológica. Como você analisa esses fatos?
ELLAM — Pelo que é dito através das mensagens que recebo, como também pelo que podemos deduzir, parece existir de tudo no Cosmos. E o livre-arbítrio, seja o de um ser ou mesmo de uma coletividade, parece ser a característica comum de todos os eventos que ocorrem nas muitas moradas do atualmente chamado multi-universo ou multiverso, seja em que nível existencial for. Sob essa perspectiva, na medida em que os seres que vivem na Terra já se comportam como sendo os monstros dessa parte da galáxia, que direitos poderíamos esperar de uma possível justiça celestial?
E ainda, se o nosso planeta não forma uma unidade diante de quem nos observa de fora, sendo um mundo desgarrado e entregue à própria sorte, qual o problema se alguns “piratas siderais” resolvem praticar alguma forma de extrativismo, seja mineral, vegetal ou mesmo animal?
UFO — Você acha que somos uma espécie de cobaias desses seres que chama de piratas siderais?
ELLAM — Veja, da mesma forma que a nossa espécie, o Homo sapiens, utiliza ratos e macacos em experimentos laboratoriais – com a melhor das intenções – para o bem e progresso da raça humana, por que certas raças de ETs não tomariam um ou outro membro de nossa espécie para realizar experimentos, sem que, com isso, exista alguma maldade por parte deles?
Afinal, aos olhos de quem nos observa de fora, nós somos o quê, se não um bando de animais matando uns aos outros? Creio, portanto, que essas ocorrências fazem parte de uma etapa que já está acabando – se é que já não terminou de vez em 1989 – e o que ainda estamos observando parece ser apenas a repercussão de eventos que ocorreram em grande número até um certo momento do século que findou.
UFO — Você não fala muito de Ufologia Clássica em seus livros, mas de outros temas ligados à ela. Quais os principais assuntos que enfoca neles?
ELLAM — A tese exposta nas perguntas anteriores é uma das questões analisadas, por exemplo, no meu último livro, Fator Extraterrestre. Ou seja, a tese de que a Terra está a ponto de deixar de ser um mundo isolado, habitado por seres que se encontram em débito para com as leis que legislam a vida cósmica, e que por isso, passível de ter no seu cotidiano a prática de loucuras de todos os naipes, sejam elas praticadas pelos que aqui vivem como também por alguns que chegam de fora.
Além desse, são inúmeros os temas apresentados nos 10 livros que já publiquei, entre umas duas centenas que escrevi e que aguardam publicação. Isso não me permite melhor abordar tais assuntos com a profundidade que gostaria nessa oportunidade. Diria, porém, que a reintegração da Terra ao convívio com as demais civilizações dessa parte da galáxia, a análise do passado sob outra perspectiva que não a tradicional e o estudo dos preceitos da revelação espiritual, que já surgiu através da codificação espírita e daqueles referentes a uma revelação cósmica ainda por vir, são temas cruciais que abordo em minhas obras.
Isso, além, é claro, de falar da figura de Jesus, sua vida e os múltiplos painéis – terrenos, extraterrenos e espirituais – que o cercaram, assim como do amor como atitude natural do exercício pleno de uma cidadania cósmica e o vislumbre de um possível futuro que nos espera. Esses assuntos formam, enfim, uma espécie de pano de fundo apresentado em meus livros.
UFO — Na sua opinião, qual a intenção dos extraterrenos pouco evoluídos ao visitarem a Terra? E a dos evoluídos?
ELLAM — Devemos ter muito cuidado na utilização do vocabulário terrestre quando estamos nos exprimindo em relação aos aspectos extraterrenos que nos envolvem já que, seguramente, existem níveis, conceitos e situações completamente distintas em relação àquelas que estamos acostumados a observar através da ótica terrena. Porém, tudo o que temos para nos expressar são as palavras, o que nos remete a um risco calculado de expressão quanto a assuntos desse naipe.
Mas, tentando formular uma resposta razoável sobre essa questão, diria que o que pode ser chamado de “pouco evoluídos” refere-se exatamente a seres cósmicos cujo psiquismo existencial ainda não está adequadamente desperto para o exercício pleno da cidadania cósmica – ou seja, seres que ainda se comportam como indivíduos pouco elegantes, sob a perspectiva do ideal fraterno, que parece ser o grande farol ideológico a iluminar a caminhada ascensional das muitas famílias siderais.
Esses são seres que, mesmo sem maldade, ainda tentam a dominação produzindo as guerras e os conflitos, praticam o extrativismo inconseqüente que se assemelha ao conceito conhecido na Terra como pirataria. Seriam, enfim, seres que, mesmo podendo dispor de um acentuado nível tecnológico, ainda não descortinaram o aspecto espiritual e os seus correspondentes valores no campo da ética cósmica, que regem a evolução de qualquer cidadão do universo.
UFO — E dos seres evoluídos?
ELLAM — Bem, aqueles a quem chamamos de evoluídos parecem compor uma espécie de organização sideral, que enxerga em qualquer ser cósmico um irmão da grande família universal, atuando sempre dentro dos padrões do ideal de fraternidade. São seres muito desenvolvidos, elegantes, amorosos, mas estão longe de serem deuses ou qualquer coisa que a isso se assemelhe. Afinal, como dizia Jesus: “Perfeito, somente o Pai”.
UFO — Causa-lhe desconforto ser um ufólogo pouco convencional? E o fato de ser visto como anunciador ou profeta da chegada de Cristo que, conforme as idéias apresentadas nos seus livros, parece ser o primeiro contato oficial com seres de outros planetas?
ELLAM — Sim, o desconforto é inevitável. Mais expressivo ainda ele se torna na medida em que percebo que sou um homem comum, cheio de fragilidades, sem enxergar em mim mesmo estatura intelectual e moral suficiente que me permita ser utilizado por seres de fora nesse processo. Mas, fazer o quê? Pelo menos tenho o consolo, apesar de a ninguém poder ou desejar provar coisa alguma, de não precisar acreditar em espíritos e em ETs. Simplesmente sei que eles existem, o que é muito diferente. Tenho motivos claros e objetivos para assim me expressar. No meu caso, o que não consigo aferir e controlar é se o que me é revelado está correto ou se está sendo convenientemente bem compreendido de minha parte.
UFO — Você não considera muito conhecimento para transmitir a terceiros?
ELLAM — O meu problema é esse. Ele refere-se ao fato de, por saber que toda a água do mar não cabe em um simples copo, deduzo obviamente que a minha condição humana não pode ter a pretensão de estar compreendendo elucidações que a extrapolam por completo. Mais que isso, quando vou tentar registrar o que julguei compreender do que me foi repassado, aí é que verifico quanto eu erro na tarefa de registrar, através de escritos, o que imaginei ter entendido.
Termino irremediavelmente interferindo num processo de informação que, por sério que seja, terá sempre a fragilidade de estar sendo formulado através de um ser humano com imperfeições. Assim, a angústia e o desconforto são inevitáveis. Mas é maior que isso a boa vontade que tenho de servir ao que julgo ser “um processo” muito sério para toda a raça humana.
UFO — O uso do nome de Jesus é uma constante para muitos segmentos da sociedade, e nem sempre com boas intenções. Como você vê isso?
ELLAM — Afirmar que Jesus um dia volta, sob certo aspecto, é cômodo. O meu dilema é que, a pedido desses seres, estou afirmando nos livros – e por isso peço toda prudência por parte dos leitores – que ele está para voltar ao tempo das nossas vidas. Só que virá agora na sua condição natural de autoridade celestial, acompanhado de seus assessores – que eu chamo de hostes angelicais – para conduzir o momento em que a Terra lentamente reintegrará a convivência com as demais famílias siderais, conforme ele próprio deixou anunciado quando aqui esteve. Não é questão para se acreditar ou não, mas aguardar os fatos enquanto se leva a vida adiante, independente de tudo o mais. Afinal, navegar é preciso, sempre.
UFO — Ellam, você tem alguma religião?
ELLAM — O que me norteia é o conjunto de princípios que elegi como sendo a minha doutrina de vida ou o meu código de conduta diante da vida. Na formação desses princípios, retirei de muitas fontes religiosas as essências filosóficas legadas pelos grandes mestres que viveram na Terra. Minha formação foi católica, já que fui aluno marista – formação pela qual tenho muito carinho, pois ajudou a construir meu caráter. Mais tarde fui envolvido por amigos espirituais e extraterrenos, o que me levou a expandir as fronteiras da minha busca, quando mergulhei nos ensinamentos dos espíritos e nas doutrinas orientais.
Assim, vivo conforme me permitem as circunstâncias, sem me arvorar em coisa alguma. Tomando como minhas as palavras de Fernando Pessoa, diria que “não sou nada, nunca serei nada, não posso querer ser nada. À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo”. Se tivesse uma religião, diria que é a mesma de Jesus, de Ibn Arabi, de Gandhi, de Einstein e de tantos outros: a religião do amor.
UFO — Como você encara a submissão de pessoas a credos massificantes e totalitários?
ELLAM — Creio que o ser cósmico é um viajante da eternidade, independente de onde possa estar vivendo temporariamente. Assim, sendo herdeiro das eras, a vida na Terra, apesar de passageira e rápida, é também momento de manter a caminhada através da estrada da vida terrena. Essa estrada tem muitas fontes com água cristalina, para matar a sede espiritual do caminhante, além de muitas paisagens maravilhosas e singulares que se renovam a cada curva da jornada.
Quem se detém em uma dessas fontes e ali permanece, sentado ao seu redor, não está fazendo nada de errado, apenas deixa de caminhar e assim de observar tantas belas paisagens e outras fontes que ali estão para ajudar os que caminham sempre. Considero as religiões essas fontes ao longo da estrada da vida. Estacionar em uma delas, pelo menos da forma como atualmente são professadas, escravizando o fiel ao estrito cumprimento das obrigações de culto daquela religião, talvez não seja a atitude mais produtiva daqui por diante.
Por isso procuro andar sempre, bebendo de todas fontes ali dispostas pela generosidade da providência, sendo eternamente grato por poder observar tantas paisagens e firmando, a cada passo, o meu ideal de vida no comportamento amoroso.
UFO — Você faz grande divulgação do Projeto Orbum. Como ele surgiu e a que se propõe?
ELLAM — O Projeto Orbum é apenas um convite à reflexão sobre um tema adjacente à questão ufológica e que tem tudo a ver com o futuro da Terra, que é a questão da cidadania planetária. Seu lema é: “Filie-se espiritualmente a essa idéia”. Ou seja, filie-se à iniciativa de construir na Terra o ideal de fraternidade entre os que aqui vivem, independente das fronteiras da geopolítica do mundo, como também daquelas de caráter religioso, racial etc. Nada mais.
Ao longo dos anos e, em especial, através do programa Projeto Orbum, que temos semanalmente na Rádio Boa Nova, de São Paulo, de vez em quando recebemos perguntas de alguns ouvintes questionando o que é preciso para fazer parte, se é preciso mandar retrato para carteirinha, pagar anuidade etc. O projeto não é nada disso. É apenas um convite para que vejamos o amor ao próximo como o tempero político das nossas vidas. Qualquer extraterrestre que nos vê lá de fora enxerga apenas uma família vivendo na Terra. O projeto convida a que reflitamos sobre esse assunto.
UFO — Na sua opinião, alguns governos têm conhecimento da presença dos ETs visitando a Terra? E se sabem, por que não divulgam?
ELLAM — Esse é um assunto complexo. Não creio que os governos saibam sobre a existência dos ETs, pois isso modificaria o contexto da assertiva. Para mim, e estou seguro, há grupos de elite que compõem alguns governos da Terra que sabem sobre os ETs. Assim fica melhor colocado. Precisamos entender que os presidentes das nações estão reféns de certos processos econômicos em curso desde o chamado Consenso de Washington. São as macroforças que comandam o que hoje ocorre no mundo, e não os governos nacionais.
Estes são eleitos exatamente pela influência daquelas. Assim, as elites que se perpetuam em alguns governos sabem a respeito dos ETs, sem dúvidas. Mas não creio, contudo, que certos presidentes que mal conseguem dar conta das próprias idéias consigam lidar com um assunto desse porte. Nesse contexto, infelizmente, o continente americano, tanto o do norte como do sul, parece ser exemplo emblemático do que ora afirmo. Na verdade, mais que uma opinião, é uma constatação diante das evidências factuais.
UFO — A ciência acadêmica está preparada para o contato com extraterrestres? E as elites religiosas? E o homem comum?
ELLAM — Penso que há dois componentes fundamentais para o contato com seres evoluídos de outros orbes: lucidez intelectual e simplicidade no campo das emoções. O chamado conhecimento acadêmico do mundo e as elites religiosas me parecem estar distante de possuírem ou de praticarem as duas coisas. Entretanto, o homem comum parece ter uma certa dose de simplicidade. Se observarmos bem, o que estamos aqui denominando como sendo o “homem comum” forma a maioria da população da Terra. E mais interessante ainda é perceber que essa maioria tende ao bem. Pena que a mídia não dê notícias desse aspecto da raça humana. Afinal, o que se vende é a desgraça sensacionalizada, daí a sensação terrível de que o planeta vive um caos, o que na realidade não é bem assim.
UFO — Você já teve algum contato direto com seres extraterrestres ou sua convivência com aqueles que você chama de mentores cósmicos se dá apenas no campo mediúnico?
ELLAM — Como disse anteriormente, não costumo crer nisso ou naquilo. No caso dos extraterrestres, afirmei que sei da existência dos mesmos. A conjugação do verbo saber, nesse caso, implica em conhecimento direto, ou seja, vivência direta – e não em experiência mediúnica ou em postura de crença. Comecei a escrever em 1990, movido por aspectos mediúnicos, o que até hoje faço. E motivado por circunstâncias e uma grande dose de hesitação, comecei a publicar os livros em 1996.
Por covardia moral e atendendo a outras obrigações da vida, notadamente as do campo profissional, publiquei os livros com um pseudônimo, pois pretendia o anonimato. Pensava que, se o que estou escrevendo servir para alguém, pouco importará o nome do autor. Meu plano, porém, não deu certo. Tive que assumir. Para meu conforto, desde 1999, parei de ser alguém angustiado quanto à questão da existência ou não dos ETs nas vizinhanças da Terra. A partir dos fatos, passei a ter certeza da existência de tais seres.
Resta apenas a dúvida se o que me está sendo informado tem sido devidamente compreendido por mim. Sei que, com as minhas imperfeições, estrago muito o que procuro escrever. Torço firmemente para que pelo menos as idéias centrais dos livros estejam corretas. Caso um dia as perceba equivocadas, serei o primeiro a dar notícias disso e a pedir desculpas aos leitores. Até lá, é tudo o que posso fazer. Por enquanto, é o que posso dizer.
UFO — Você anuncia em seus livros que estamos vivendo os últimos tempos antes de uma certa hora oficial, na qual haveria o retorno do Cristo, presidindo uma comitiva cósmica que visitaria a Terra restabelecendo a convivência do nosso planeta com outras civilizações. Você chama isso de reintegração cósmica, mas quando ela se dará?
ELLAM — Pelo que tenho entendido das informações recebidas e dos fatos em curso, isso se dará para a presente geração que se encontra vivendo na Terra – ou seja, a qualquer momento. É aguardar para ver. Até lá, que tal treinar os nossos espíritos na arte de expressar ternura uns pelos outros, independente de tudo mais?
UFO — E sobre o futuro, o que devemos esperar?
ELLAM – Enganam-se os que pensam que Jesus, os extraterrestres ou seja lá quem for, virá fazer pelo ser humano terrestre o que ele precisa realizar com o seu próprio esforço evolutivo. Esses seres apenas ajudarão até o limite do livre-arbítrio e do mérito moral dos que vivem na Terra. Infelizmente, como ainda não aprendemos a viver uns com os outros, é notório que também não sabemos conviver com seres mais evoluídos, já que temos a estranhíssima tendência a tratar qualquer pessoa que para nós possa representar algo mais como uma espécie de semideus.
Imaginemos o que não poderá ser feito em relação a esses seres e, em especial, em relação à figura daquele a quem conhecemos como Jesus, que já foi transformado em Deus desde o Concílio de Nicéia, no século 4. E o pior: acostumamo-nos a transferir para esses seres responsabilidades que nos são próprias. Assim, creio que os primeiros contatos com seres de outros mundos serão rápidos, porém suficientes para que não existam dúvidas.
Com o suceder das gerações, aí sim, esses contatos se repetirão suavemente, sem atropelos, quando os tempos permitirem. Décadas adiante no tempo atual, a Terra finalmente estará reintegrada ao circuito da convivência com as demais civilizações dessa parte da galáxia. Até lá, muito trabalho espera por todos nós. Mãos à obra!
“Comecei a publicar meus livros com pseudônimo de Jan Val Ellam porque, pensei, caso eles possam vir a ser úteis a alguém no futuro, pouco importará o nome do autor terreno”
— ROGÉRIO A. FREITAS, ex-ufólogo investigativo, atualmente espiritualista
“Creio ainda ser tempo de colher a casuística ufológica e estudá-la de forma criteriosa. Vamos dar ao Fenômeno UFO um pouco mais de tempo e talvez o aspecto dos fatos mude. Há indicações de que o processo que envolve a humanidade parece estar sendo financiado pela insistência amorosa de alguém especial que reside além das fronteiras terrestres”
“Engana-se quem pensa que Jesus, os ETs ou seja lá quem for, virá fazer pelo ser humano terrestre o que ele precisa realizar com o seu próprio esforço evolutivo. Esses seres apenas ajudarão até o limite do livre-arbítrio e do mérito moral dos que vivem na Terra. Infelizmente, ainda não sabemos conviver com seres mais evoluídos, já que temos a estranha tendência a tratá-los como semideuses”
O fator extraterrestre
Um texto de Jan Val Ellam
Uma raça planetária que sequer sabe ao certo como surgiu, de onde veio, qual o significado da vida ou mesmo o que a espera, deveria ter um mínimo de prudência ao analisar questões conceituais no campo da filosofia existencial. Entretanto, movidos por algum tipo de orgulho que nos impede de analisar com melhores critérios o universo que nos cerca, muitos de nós costumam afirmar, com toda pretensão, que somos o centro da criação. Esse é o conceito de antropocentrismo, uma herança direta da cultura grega na época em que no seio daquele povo surgia, pela primeira vez na história ocidental, a tomada de consciência do homem sobre si mesmo.
Também acontecia, simultaneamente, a busca de explicações racionais sobre a realidade que envolvia a humanidade. Foi o início da ciência, da forma como a conhecemos hoje. Contudo, lá estava uma idéia que terminou contaminando de orgulho a lenta evolução do pensamento na busca de entender a função do ser humano diante da vida. Em vez de ajudar a compreender essa função, o ideal antropocêntrico foi transformado em pedra angular de uma formulação que, apesar de equivoca da, tornou-se fundamental para o progresso das idéias, influenciando as áreas do conhecimento – notadamente as criações artísticas e os postulados religiosos.
Como tudo que se situa na tênue fronteira entre filosofia e religião, o antropocêntrico passou a ser uma crença imposta pelos mecanismos dominantes das elites religiosas de diversas épocas da nossa história. E pior: tinha que ser aceita, sob pena de, quem a ela não se submetesse, sofreria violências de toda ordem. É a crença de que o homem é uma espécie gerada à imagem e semelhança do Criador – sem que, contudo, tenhamos compreensão do real significado desse conceito.
Desprovida de qualquer lógica, a arrogância intelectual do ser humano terrestre continuou a produzir verdadeiras pérolas de distorção da inteligência, especialmente ao afirmar que em si mesmo está o pretensioso papel de analisar o que está situado um pouco mais além de seu modesto horizonte de percepção. Assim agia o homem de então, mesmo sem poder traçar conclusões absolutas diante do que lhe era possível perceber – fosse através de dogmas ou de postulados científicos.
Conceitos dogmáticos sobre anjos e inusitadas carruagens voadoras, deuses e semideuses, pecado, paraíso e inferno, e tudo mais que envolvia o dilema terreno foram sendo expostos como fatores de crença fanática e, portanto, assimilados como pretensas verdades ao longo das páginas da nossa história. Esbarrando no limite do que não podia compreender, o ser humano terrestre criou todas a suas “verdades” e infelizes aqueles que com elas não se alinhassem. Dessa maneira, adquirimos o estranho hábito de dar como certo aquilo que somente podemos supor.
Passamos a emitir conceitos que nos permitissem julgar a realidade à nossa volta e, nesse processo, traçamos um limite conceitual ao que era terrestre e ao que seria considerado extraterrestre – qualquer coisa ou entidade que não se encontrasse na Terra. É assim o próprio conceito de Deus, que teria de ser extraterreno, como também qualquer outro que envolva a personalidade de alguém que não esteja vivendo em nosso planeta. Nessa categoria também estariam os humanos que algum dia habitaram a Terra e que, porventura, ainda estão “vivos” noutras condições existenciais – como, por exemplo, Jesus.
Sua personalidade deveria ser esclarecida como uma individualidade cósmica que está além da nossa concepção de existência e fora do que se poderia ser classificada como terrestre. Será que não deveríamos nos referir à sua excelsa personalidade como um ser extraterrestre pelo simples fato dele não viver no planeta? Acostumamo-nos a ridicularizar os aspectos extraterrestres que nos envolvem na vida cotidiana, como se fossem descartáveis ou insignificantes diante do império das “verdades” conceituais impostas pelo orgulho intelectual das elites que nos governam.
Dessa forma, o fator extraterrestre em nossa existência ficou sempre à margem dos estudos ditos sérios, já que foi distorcido pela própria ótica de interpretar os fatos pelos pobres modelos pré-estabelecidos. Esses bloqueios até hoje marcam a compreensão que temos sobre a realidade ao nosso redor.
LIMITES TERRESTRES — Assim, parece termos perdido aquilo que um dia nos uniu a um passado que, por ter sido sempre observado através da ótica viciada do presente, jamais foi verdadeiramente analisado. Nem muito menos foi convenientemente medida a influência dos fatores extraterrestres na questão do aparecimento e da evolução da humanidade em nosso planeta. Por conseguinte, tudo que era de fora e que se situasse além do limite “terrestre” foi tratado como crença religiosa – e não como estudo científico.
O tema extraterrestre virou, para muitos, sinônimo de loucura, alucinação etc, quando era e é o fator mais importante de nossas vidas. Sim, pois representa 99,999% de tudo que existe, sendo a Terra e tudo o que nela há apenas a modesta complementação matemática da totalidade – o restante 0,001%. Hoje já é sabido pela ciência que existem mais estrelas e planetas no universo – somente naquele que é atualmente “conhecido” pelo homem – do que todos os grãos de areia da Terra.
O interessante é que, mesmo representando tão pouco, devido à sua modestíssima participação no total, a apreciada ótica terrestre tem a pretensão descabida de – mesmo sem ainda conhecer o suficiente para poder algo concluir sobre as questões extraterrestres –, transformar em coisas sem importância o que de mais importante existe. Conseguimos praticar, através dessa postura, o maior atentado que poderíamos causar ao nosso entendimento e hoje, orgulhosamente, tomamos o menor pelo maior, o acessório pelo essencial.
Enfim, entronizamos a Terra como foco criador em detrimento da própria obra da criação universal. O Fator Extraterrestre [Zian Editora, 2004] é um livro despretensioso que deseja apenas abordar diversos aspectos dessa distorção da visão universal das coisas e dos seres, produzida pelas nossas potencialidades perceptivas e adubadas por nosso orgulho doentio.
Pode ser lido independente de qualquer leitura prévia. Sem ambicionar estabelecer verdades, desejamos ofertar, através da obra, somente alguns padrões que possam estimular o surgimento de uma reflexão sadia sobre a questão ou o fator extraterrestre, livre das inclinações impostas pelas óticas desvirtuadas que dominaram, durante tantos séculos, a penosa evolução da família planetária terrestre.


O FATOR EXTRATERRESTRE pode ser adquirido nas livrarias, através do fone (11) 3721-5488 ou do e-mail: atendimento@zianeditora.com.br

Por que Jesus virá de “disco voador” na sua volta?

Pergunta: Se Jesus é uno com o Pai, por que ele precisa chegar em um disco voador?

Jan Val Ellam: Hoje, temos a graça e o privilégio de contar com a presença de um irmão a quem poderíamos chamar de Aminemés. É um espírito que há muito tempo – há cerca de cinco mil anos – não reencarna. Na última vez, salvo engano de entendimento da minha parte, atuou no Egito antigo como sacerdote e, depois, como faraó. É esse amigo e sua equipe que ficarão conosco ao longo dos trabalhos dessa noite. Ele sinaliza algumas considerações a serem feitas diante da questão levantada.
De fato, no Universo, a grande obra de criação do Pai, não há distâncias a serem percorridas pelas nossas almas. Os Espíritos dizem que a criação divina, aquilo que chamamos de “obra da criação universal”, é um grande circuito vibrante e amoroso. Somos individualidades cósmicas, filhos e filhas diletas do Pai Universal, criados à Sua imagem e semelhança – se por isso entendermos que desse Pai herdamos “geneticamente” seus atributos. Portanto, somos todos deuses. Filhos de Deus, deuses são.
Cada um de nós tem na alma o poder para abrir as portas desse circuito e nele penetrar com uma simples atitude da mente. A “chave” para que elas se abram é a postura amorosa, que a individualidade cósmica há de ter em si mesmo. Ela é o quantum energético mínimo que deve ser emanado da individualidade para que se vincule a esse circuito emanado do Pai, ou seja, para que nele possa mergulhar e com ele se tornar uno. Essa “chave vibratória” é uma expressão da alma, emanada naturalmente das individualidades que possuem essa condição mínima, derivada de sua postura.
Os seres que conseguem trabalhar essa condição em nível de amplitude vibratória se tornam incapacitados de fazer o mal, em qualquer circunstância e sob qualquer contexto. Unificados ao circuito vibratório do Pai Universal, eles amam incondicionalmente, mesmo quando agredidos. Esses seres se inserem no circuito vibratório do Pai Celestial e se unificam a Ele, podendo representá-lo em qualquer recanto do Cosmo, por possuírem a mesma unidade de pensamento, de sentimento, de princípios e de atitudes que Ele. Eles agem nas realidades transitórias como o próprio Pai agiria se ali estivesse individualizado.
Quando mergulham suas almas maravilhosas nas realidades transitórias, esses seres são obrigados a diminuir a si mesmos, de modo que possam caber em realidades onde não há condições para que a luz se faça em toda a plenitude da sua expressão vibratória. Ao olharmos para o Sol com os olhos do nosso corpo físico, sua luz, por ser muito forte, faz com que deixemos de ver durante algum tempo. Se, simplesmente, um desses seres se fizesse presente em uma realidade transitória como a da Terra com toda sua potencialidade vibratória, vibrando ao máximo sua atitude intima amorosa, “cegaria” vibratoriamente os seres que habitam nessa realidade transitória. E isso, eles não fariam.
Em resumo, os seres que são unificados com o Pai afirmam que não há distância entre aqueles que se amam. Essa ilusão terrena de que fulano de tal, de quem eu gosto muito, morreu, e agora eu sinto saudade dele, é uma postura natural da condição transitória humana, de uma condição animal do nosso psiquismo, já que nossa alma está submetida a um corpo animal. Portanto, o psiquismo humano é produto da alma submetida ao cérebro animal. Quando perdemos esse cérebro, ao desencarnarmos, não pensamos da mesma forma como pensávamos quando estávamos no corpo. Nós nos libertamos e pensamos numa amplitude maior. Percebemos até que não havia motivo para termos saudades daqueles que se foram, porque, sendo espíritos, poderão estar muito mais próximos de nós do que estavam antes. Se nós calássemos esse cérebro, teríamos a graça de conviver com aqueles a quem amamos, mesmo que desencarnados. Alguns na Terra já têm esse privilégio – se é que esta é a palavra adequada. E se quem está na Terra tiver condições de expressar amor, verá que não é só com espíritos desencarnados que podemos conviver. Podemos, inclusive, conviver com seres e espíritos que estão em orbes distantes, pois esse circuito aproxima os seres que se amam. Isso parece ficção para a realidade terrena, mas não é. É o estado natural de espíritos de escol.
Jesus, representação maior do amor do Pai para conosco, onde estiver, em qualquer recanto cósmico, a uma simples atitude de sua vontade amorosa, pode focalizar qualquer uma de suas ovelhas, a exemplo de um pai ou mãe que, estando em qualquer canto, em se recordando de um dos seus filhos, faz vibrar em si mesmo os arquivos em relação àquela pessoa.
Jesus, além de conseguir vibrar com qualquer uma de suas ovelhas (não importa o local onde esteja), se quiser, terá condições de fazer com que qualquer uma delas possa sentir a sua vibração, independentemente da distância cósmica. Até mesmo ouvir recados, conselhos, como se Ele estivesse ao lado, pois seres unificados ao Pai, como o é Jesus, têm nível de onisciência e de onipresença. Mesmo podendo fazer tudo isso, por que chegar à Terra numa nave espacial? Qual a necessidade que esses seres teriam de chegar à Terra (ou em outros planetas cujo astral seja complicado) em algum tipo de artefato tecnológico, se suas almas já são unificadas ao Pai?
Quando se aproximam fogo e isopor, este deixa de existir (desmancha-se no ar). É inevitável que isso aconteça. Não há sequer atrito, há simplesmente a vibração forte de um foco energético sobre outro foco energético. Esses seres mais evoluídos têm tal quantum vibratório pessoal, uma vibração tão diferente da nossa, que, na nossa condição animal, não nos é dado conseguir conviver e sobreviver ao contato muito próximo com eles. Os irmãos espirituais dizem que ainda não estão falando de seres que vibram muito melhor do que nós, terráqueos, no sentido amoroso. O que eles estão dizendo é que simplesmente vibram de forma diferente e que a vibração mais atuante termina aniquilando a vibração mais primitiva.
Segunda consideração a ser feita: na medida em que passamos perfume nos nossos corpos, a fragrância desse perfume vai dominando o ambiente. É importante perceber que a cada pensamento e sentimento estamos liberando os perfumes a eles correspondentes por sobre as nossas cabeças. Bilhões de seres, fazendo isso, vão formar ao redor da Terra uma nuvem, um astral psíquico-energético. Os seres que vêm de fora, independentemente do seu nível vibratório, têm de perpassar essa nuvem ou conteúdo vibratório promovido pelo psiquismo humano. Alguns conseguem perpassar sem prejudicar os seus corpos e também sem provocar nenhum tipo de onda vibratória que danifique os corpos daqueles que estão vivendo naqueles mundos. Há, porém, certos requisitos de vibração, desconhecidos por nós, que são explicáveis na ótica espiritual, mas não na terrena. Se certos seres penetrassem ou perpassassem essa zona onde se situa o repositório das vibrações conseqüentes às formas-pensamento e formas-sentimento da humanidade, por menos que quisessem vibrar, sua simples presença acarretaria uma emanação de energia de tal ordem que, mesmo maravilhosa, danificaria os circuitos vibratórios energéticos de seres animalizados como nós. Da mesma forma que não sabemos conviver com o excesso de luz, também não sabemos conviver com o excesso da vibração amorosa. Por boa que fosse, essa força danificaria certos compartimentos dos nossos espíritos adoentados.
Terceira consideração: existem situações astronômicas no cosmos – e aqui falamos do universo físico – em que determinadas estrelas, produzindo certas substâncias por meio de suas reações nucleares, geram vibrações magnéticas que podem interferir vibratoriamente nos seres que delas estejam se aproximando, quando protegidos apenas por suas condições pessoais. Para sua defesa, esses seres às vezes provocam ondas vibratórias que podem envolver um sistema inteiro de mundos, tamanha é a vibração emanada de um ser unificado ao Pai.
Diante da ótica terrena, todas essas argumentações parecem ser pura ficção, mas não são.
Ainda há uma última consideração a se fazer: diante do conteúdo psicológico do conhecimento que marca a humanidade: nós teríamos muita dificuldade em interagir com extraterrestres que, estacionando suas naves perto da Terra, invadissem a atmosfera deste mundo simplesmente voando, tal qual super-homens. Mesmo os que pudessem fazer isso não fariam, por causa dos arquétipos que existem na psicologia humana.
Em nossos arquétipos é até aceitável que seres extraterrenos penetrem na atmosfera do mundo, mas somente em naves, pois foi desse modo que a humanidade terrestre conseguiu voar e ir até a Lua.
Concluindo: aquele a quem conhecemos como Jesus, um ser unificado ao Pai, não precisaria, como de fato não precisa, de nenhum artefato tecnológico para se fazer presente do jeito que ele quiser, em qualquer recanto da criação, porque ele é co-criador com o Pai. Porém, nós, seres terráqueos, não temos conteúdo psicológico, nem muito menos vibratório (de defesa espiritual) para convivermos com a presença de seres que entrassem na atmosfera terrestre com seus poderosos conteúdos vibratórios, pois, independentemente daquilo que consideramos como pólo positivo ou negativo, teríamos problemas. A nossa situação vibratória é tão frágil que qualquer coisa vibratoriamente diferente do nosso padrão normal nos põem por terra. É como se fosse um choque terrível, como se colocássemos o dedo em uma tomada – e nós sabemos o que acontece com quem faz isso.
Assim, dizem os mentores da espiritualidade e, em especial, os irmãos que se encontram conosco na noite de hoje, o mestre Jesus virá como um ser extraterreno, incluído na tripulação de uma nave espacial, para que, de imediato, possamos entender, dentro dos arquétipos que nos marcam o psiquismo, a nossa própria origem.
Somos todos espíritos que, em tempos idos, existíamos em outros mundos. Por descumprirmos as regras desses mundos, decaímos vibratoriamente e mudamos de endereço, passando a viver aqui na Terra. Nosso planeta foi isolado da convivência com o cosmos a tal ponto de hoje até termos dúvida se, de fato, existem seres viventes lá fora. O que é desconhecido para a frágil psicologia humana se torna fato gerador de pânico, pavor e temor. Nós “morremos de medo” do desconhecido. Para nós, os seres extraterrenos e os espíritos desencarnados ainda são desconhecidos, por mais que falemos a respeito deles.
Jesus, por ser o “Príncipe da Paz”, por ter sido um ser que demonstrou aqui na Terra ser incapaz de fazer o mal, por maior que possa ser o nosso susto ao ver um extraterrestre, sendo ele esse extraterrestre, o susto se reduzirá ao simples fato de, no primeiro momento, diante do desconhecido, sofrermos uma descarga de adrenalina. Mas logo depois o susto será substituído pelo encanto.
A partir daí, teremos absoluta certeza de que, sendo ele que está capitaneando essa reintegração da Terra ao cosmos, nada teremos a temer.
Mas aí reside um detalhe – não é com Jesus que iremos ficar convivendo. Nós, moradores da Terra, conviveremos com seres de outros orbes que estão muito longe de terem o conteúdo vibratório de Jesus. Aqueles, sim, precisam viajar em naves pelo cosmos. É com eles que nós estaremos convivendo ao longo dos próximos séculos.
Portanto, atendendo às próprias necessidades do psiquismo humano e evitando qualquer problema de vibração de sua parte, para que não venha a nos prejudicar pelo simples fato de possuir uma vibração diferente, esse ser a quem chamamos Jesus fará o primeiro contato oficial dos terráqueos com os seres de fora. Será exatamente com o mestre Jesus, por mais que isso choque o nosso entendimento. É isso o que eles – os irmãos que se encontram conosco na noite de hoje – afirmam.
Por que com ele? Porque ele representa o amor do Pai Celestial nesse recanto do cosmos.
Jesus, de fato, não precisa de um disco voador. Porém, nós teremos de conviver com seres de outros mundos e esses se deslocam em naves. Estamos há cerca de seiscentos mil anos afastados dessa realidade. A primeira vez em que isso for acontecer publicamente aos olhos de todos, o mestre Jesus se permitirá inserir nesse contexto transitório de viajante cósmico numa nave, para que nós possamos assimilar o conteúdo do nosso passado, do presente e do futuro que nos espera.
De qualquer forma, é mais prudente para nós que o Mestre Amado venha em uma nave, pois ninguém sabe como reagiremos. Serão bilhões de seres que diante da sua aproximação tomarão uma certa dose de susto; e ninguém sabe o que resultará de seis bilhões de almas vibrando de uma só forma. Isso poderá provocar problemas vibratórios. Para poder administrar tudo isso, os seres que acompanharão o Mestre têm de tomar precauções até com a tecnologia da nave.
Portanto, a questão não é só por que Jesus precisa chegar em um disco voador. Ele não precisa. Os seres que o acompanharão e aqueles a quem ele virá visitar, ou seja, nós, é que precisam que ele assim proceda, para a proteção deles e nossa.
Mais do que isso, os amigos espirituais não podem nos dizer no atual momento.

De reunião ocorrida no
Grupo Atlan-RN, em Natal, em 25 de março de 2003.
Pergunta: Luiz Carlos
Transcrição: Luiz Carlos - Grupo ATLAN -
www.atlanbr.com.br / luizcmatao@uol.com.br

O Julgamento dos Vivos e dos Mortos

O que a espiritualidade pode deixar de mensagem de final de ano [2004]?

Resposta de Jan Val Ellam:

...não vem nada amoroso, só vem crítica à nossa conduta, talvez porque não haja mais nada de novo, porque tudo já foi dito há tanto tempo e vou dizer o quê?
Vamos fazer como Jesus disse: “Amemo-nos uns aos outros”. Já é tempo. Nós queremos que o romantismo faça parte, ainda, de um tempo que não há mais lugar para romantismo.
Os discursos, as crenças, as preces pouco importam. Sai Baba diz: “Hoje em dia valem muito mais as mãos que agem do que as bocas que oram”. De oração, o pessoal aí em cima está cheio. Não é mais tempo de oração. Nós precisamos desesperadamente –e quem fala sou eu sozinho –, cada um de nós deve criar um código de conduta diante da vida, seja ele qual for. Mas que alguém olhe para gente e diga: “Ah, o sabor dessa pessoa é esse”.”
Nós não temos personalidade formada. Pessoal, nós somos produtos das circunstâncias. Valem mais aqueles que criam tais circunstâncias. Os avatares, os mestres e os bandidos são os que criam as circunstâncias da Terra. Nós outros nos deixamos levar por elas.
Já é tempo de a gente acender a luz da própria alma, seja lá de que forma for. Se eu tivesse de dar uma mensagem a mim mesmo, eu daria esta e é isso que estou fazendo agora. Creio que se os amigos espirituais fossem falar, seria algo muito parecido com isso, mas não com elegância assim, porque não dá mais tempo, pessoal, não dá mais tempo para festinha, para isso, aquilo outro.
A “coisa” em cima já começou. É um sofrimento terrível, ainda bem que nós na carne não temos conhecimento do tal julgamento que já começou. É pai se separando de filha, é irmão se separando de irmã e não tem jeitinho brasileiro, não tem corrupção, não tem nada que dê jeito. E é dado a cada um conforme as suas próprias obras e méritos pessoais.
São 600 mil anos de História e nós nos enganamos e nos iludimos o tempo todo. Não dá mais tempo. Do jeito que o professor aplica as provas e testes durante o ano e, no final, afere a nota média que o aluno tirou, para ver se o aluno pode passar ou não, é o que está havendo no tal “julgamento geral dos vivos e dos mortos”. Todos nós, ao longo de 600 mil anos, já tivemos as oportunidades que deveríamos ter, já cursamos todas as matérias que a escola Terra nos pode proporcionar, pois já nascemos feios, bonitos, ricos, pobres, importantes ou anônimos, patrões ou empregados, sadios ou doentes. Já nascemos com todos os talentos que a vida podia nos dar. Nunca os multiplicamos convenientemente.
As nossas notas não são lá muito agradáveis, sob as perspectivas de critérios com os quais nós estamos sendo julgados. O único critério com que nós estamos sendo julgados é a nossa tendência ao bem ou não, porque se fossem postos os outros critérios, ninguém passava, ou seja, todo o mundo iria para o inferno. Seria esta a questão: o inferno já é aqui mesmo. Os mestres espirituais, esse colegiado de avatares, eles se reúnem e dizem: “Nós vamos fazer o quê? Se a gente colocar decência como critério nesse julgamento que está tendo aí, acabou, não fica ninguém”. Conduta moral também não fica. Claro que ficam um, dois, três, cinco, dez. Eu estou falando em linhas gerais. Então, eles desistiram. Eles só colocaram o que é produto do maior exemplo que alguém já deu aqui, que foi Jesus, no campo do amor.
Então, a única coisa que nos é aferida é se nós somos tendentes a amar ou não. Quem não é, está saindo daqui, está indo para outra escola, não tão agradável e bonita quanto a Terra, para lá tentar aprender o que aqui ainda não logrou aprender, que é se tornar alguém, sob a perspectiva cósmica, socialmente aceito. Para ser alguém socialmente aceito, nós temos de ter, minimamente, um comportamento bem-educado e esse comportamento bem-educado só é possível quando alguém é minimamente amoroso.
E é só isso que neste momento é exigido. É como se chegasse alguém com um termômetro, colocasse-o perto da aura da gente e aí tira a “medida”. “Ai meu Deus do céu!” É a nota mínima, a marca mínima desse termômetro que eles estão tirando, e é tragédia em cima de tragédia.
Desde o ano de 1989 esse processo começou. Quando alguém desencarna, já tem sido medida a sua “temperatura espiritual” e já está indo para outros cantos. Ou já preparando seu “atestado de matrícula” para continuar no mundo [terrestre] melhorado, pois dizem os amigos espirituais que, a partir da geração que nascer até o ano 2050, só encarnarão na Terra espíritos minimamente tendentes ao bem, ao amor.
E se nós somos a melhor parcela da humanidade, se somos tendentes minimamente ao amor – só pelo fato da gente estar aqui, já mostra que nós somos minimamente tendentes a isso –, imaginemos o resto, porque, entre nós aqui, não tem ninguém acima da média humana. Somos muito humanos, todos nós cheios de defeitos, apenas um pouquinho amorosos. Ainda assim, somos as peças que somos, pregamos as peças ao longo da vida. Imaginemos quem ainda está em pior situação que nós e são bilhões de almas desse jeito.
O que um pai pode fazer pelo filho, o filho pode fazer pelo pai, nada, a não ser dar o seu testemunho, o seu carinho, porque cada um tem de caminhar com suas pernas. O que um amigo pode fazer por outro, o que o cônjuge pode fazer pelo outro, o que uma filha pode fazer pela mãe, nada, a não ser dar o seu testemunho. O despertar é de dentro para fora, não é de fora para dentro.
“Vem aqui para essa religião, que agora você encontrou Jesus. Levante os braços, você encontrou Jesus”. “É um barato, é muito fácil...” Não! “Vem aqui e tome um passe toda semana, está tudo resolvido”. É uma “maravilha”. Nada disso tem importância. Comungar, tomar passe, beber água fluidificada, pagar dízimo, nada disso tem importância. Tem importância, sim, no coração de quem isso faça minimamente com amor. Porém, havendo minimamente tendência ao amor, tudo isso aqui tem importância, porque isso é multiplicado.
Se alguém vai para uma missa católica firmemente convicto de que está fazendo o melhor e vai receber [a hóstia] na hora da comunhão, não tenhamos dúvida que, onde Jesus estiver, faz com que ele receba as bênçãos. Depende da pureza de quem vai comungar, não depende do padre que vai dar a comunhão. Se alguém está voltado para Meca com o mínimo de decência na sua alma, achando que aquilo é a fórmula que ele tem de cultuar a Deus, então o Pai, Alá, abençoa aquele filho que está tentando amá-lo, homenageando-o dentro de seu padrão de conduta cultural da Terra. Mas se ele não tiver amor, não adianta nada disso, porque é a única coisa que a gente carrega daqui quando sai.
Quando a gente deixa esse corpo, a única coisa que marca a nossa alma é o nosso patrimônio amoroso, semeado por nós mesmos. Fora disso, ninguém leva nada, absolutamente nada. Pouco importa se você passou a vida ajoelhado para Meca. Pouco importa se você passou a vida comungando. Pouco importa se você passou a vida recebendo passe. Pouco importa se você passou a vida pagando o dízimo. Isso não tem importância. Terá importância tudo isso, se estiver consorciado ao coração amoroso, de alguém com boa intenção, o que é caminhar como o Pai.
Melhor passar o final de ano triste, pensando, do que saltitando: “Jesus, Jesus, Jesus!” E a coisa está ruça. Cada um reflita e que o espírito de Natal ajude que cada vez mais reflitamos, pois é muito cômodo crer, dar presente, cantarolar. Precisamos é trabalhar.
Desculpe, eu não posso ser instrumento para maiores ilusões. Se eu o for, prefiro estar me iludindo sozinho em casa. Amemo-nos uns aos outros sempre, sempre que puderem. Essa é a maior mensagem que se pode dar, que se pode ter. Reflitam bastante sobre a vida e criem um código de conduta. Mas não nos iludamos. Não dá mais tempo para bobagem. É época de maioridade espiritual. Boa sorte a todos nós!

Palestra de Jan Val Ellam (Rogério de Almeida Freitas).
Transcrição por Luiz Carlos Matão.
Grupo Atlan, Natal, 06.12.2004.


O que é a volta de Jesus?

O que comumente se chama "a volta de Jesus" na verdade se refere a um processo composto por diversas visitas em que seres extraterrenos de diversas origens, uma espécie de um grande cortejo celeste, irão realizar na Terra, ao longo dos próximos anos. Contudo, eles não deverão permanecer muito tempo em nenhuma dessas visitas. Afinal, eles têm juízo. A questão seria: ficar aqui para fazer o quê? Conversar com quem?Se nós fôssemos realmente uma família planetária, com uma espécie de "conselho planetário" constituído, poderia haver algum contato no sentido, vamos dizer, constitucional; mas nem isso nós somos. Então eles vão falar com qual autoridade? Qual o presidente, e de que país, eles deveriam escolher? Não é por aí. Eles são elegantes, eles não vão fazer isso. E quanto às autoridades religiosas, com qual deveriam falar? Eles não vão privilegiar uma religião em detrimento das outras. Sendo assim, eles vão falar com quem? Com ninguém, essa é a questão, e ao mesmo tempo com todos.Essas visitas que deverão começar ocorrer agora, nos tempos das nossas vidas, serão somente as primeiras de um processo de retomada de intercâmbio cósmico que não tarda. Nos tempos das nossas vidas deveremos ver uma, quatro, cinco, dez, quinze, vinte dessas visitas, mas creio, pelo que deduzo das informações recebidas, todas elas rápidas ou pelo menos as primeiras. Rápidas, porém perfeitamente objetivas, filmadas, com irmãos extraterrenos sendo naturalmente filmados. Pretende-se que, com o tempo,isso vá se tornando uma coisa comum, quando então perderemos o medo do desconhecido. Isso se dá pelo fato desta humanidade encontrar-se em uma espécie de "quarentena cósmica", isolada há tanto tempo da convivência com seres evoluídos.Afinal, somos as companhias desagradáveis desta parte da galáxia.Alguns habitantes da Terra, pessoalmente, terão contatos discretos com esses seres, obedecendo a padrões de empatia amorosa estabelecidos no pretérito extraterreno, quando de convivências antes da rebelião ocorrida.Para esses seres, não há nenhum problema para que seus corpos se potencializem, vamos dizer, na sala de visita da casa de um amigo terráqueo, com o qual irão agora retomar o contato fraterno.Então, esses encontros vão se amiudar, e aqui não estamos falando de mediunidade, mas sim, de processos objetivos. Os nossos filhos, os nossos netos, esses sim, já estarão convivendo naturalmente com eles, do jeito de quem mora em Nova York, pode está aqui hoje aqui em Natal; quem mora aqui em Natal pode está amanhã em Moscou, porque é o normal da convivência planetária. No cosmos, o normal é a convivência interplanetária, intersistêmica, intergaláctica, já que não há distâncias entre os que se amam, independente de onde possam estar. Dia virá em que os fundamentos filosóficos e práticos da física quântica serão melhor compreendidos, quando, então, esta humanidade descortinará o óbvio da vida cósmica: as distâncias universais são aparentes. Nós, terráqueos, é que estamos apartados dessa convivência, isolados do mesmo modo que os presos de uma certa penitenciária estão isolados da convivência com a sociedade, porque são companhias desagradáveis.Então, daqui a alguns uns séculos, quem viver na Terra pegará um outro tipo de telefone e ligará para o seu pai que morreu, e que agora está na espiritualidade, pois também entre os chamados vivos e mortos não há distância, pois tudo resume-se a uma simples questão de vibração.Assim será, apesar de não ser a atual geração de encarnados que testemunhará essa convivência com os afetos que já se encontram nos ambientes espirituais, pois isso demandará ainda alguns séculos ou, na melhor das hipóteses, cerca de oito décadas se tudo fluir da melhor forma possível, conforme o planejamento da Espiritualidade. Mas "a melhor opção" não costuma ocorrer por essas bandas...O fato é que a atual geração de encarnados vai apenas iniciar esse processo, que é o de finalmente começar a desenvolver na Terra o tão almejado Ideal de Fraternidade Cósmica, já que a partir do ano 2050 – aproximadamente - não mais nascerão na Terra espíritos tendentes à maldade, à desagregação, enfim, à perversão existencial.Estou escrevendo um livro, a pedido dos espíritos, que eu ainda não coloquei nome, porque nem sei se vou publicar esse livro nesta vida. O fato é que uma vez um espírito chegou para mim e disse: você tem idéia precisa de como será esse grupo que será daqui exilado, quais são as pessoas, os tipos de pessoas, que não mais nascerão na Terra? Respondi algo que agora não me recordo. Esse irmão espiritual, que assessora oMestre, disse-me então, dentre outras coisas, que os "perversos" serão exilados da Terra, ou ainda aqueles cujo ego está tão doente, que estão em vias de perversão, ou seja, de se tornarem perversos. Disse mais ainda: imagine, agora, aqueles que cujo ego encontra-se tão doente que, mesmo sem serem perversos, impedem o progresso do mundo devido ao apego doentio que têm a certas questões. São esses três grupos que, em linhas gerais, deverão sair, e neles se inserem diversas centenas de milhões de indivíduos que ultrapassam a casa do "bilhão". Existem outros casos e características diversas sobre o exílio que aqui não poderei agora relatar ou mesmo aprofundar, pelo que me desculpo. A verdade é que, pelo que nos é dito, quem estiver impedindo o progresso planetário – e não puder se emendar a curto prazo - não vai mais nascer na Terra a partir de 2050. Aaferição desses valores se dá na espiritualidade entre os que por lá já se encontram e quanto aos que estão encarnados, quando cada um for desencarnando, saberá o resultado do que o espera.Esse processo não pode ser realizado aqui na Terra, na esfera dos encarnados, senão a vida por aqui viraria um caos ainda maior.Assim, pouco a pouco as gerações vão se sucedendo, vão tendo "sustos" dos asteróides que poderão se chocar com a Terra, obrigando aos terráqueos a se unirem para tratar então dos interesses comuns.Seremos, pois, obrigados, por esses sustos, se não por outra questão, a se ver como uma só família aqui na Terra, porque esse é o objetivo maior do conceito de cidadania planetária: a prática do amor como elo maior entre os seres; o amor como atitude da expressão política da cidadania pessoal, e não como uma flâmula religiosa, ou tema para poesia, como comumente esse tema é tratado. Então, a volta de Jesus, essa primeira visita, é apenas um pequeno fato, "singularmente majestoso" para todos nós, mas é somente um fato, o primeiro momento de outras "voltas" (visitas) que ele fará, até que todos os cidadãos que aqui habitam estejam já compreendendo e naturalmente assumindo posturas que os permitam conviver com essa realidade cósmica maravilhosa.Nós nem imaginamos o nível da preocupação desses seres que estão em vias de contato conosco. Eles sabem quão atrasados somos e quão carentes estão as nossas almas pela beleza espiritual que dignifica a vida cósmica, aquela "vida eterna" da qual falava Jesus.Morro de vergonha diante da minha própria consciência, porque sou um instrumento que eles usam para falar essas coisas, das quais eu não consigo dar exemplo nem para mim mesmo. Costumo me inquietar quando percebo que eu realmente não sou exemplo nem para mim mesmo, e toda a noite, quando vou dormir, costumo dizer: "Deus do Céu, vou ter que minimamente conviver com esses seres, querendo ou não, e cadê a minha vibração pessoal melhorada que há tanto tento arquitetar, que pudesse apresentar para não destoar tanto assim do padrão amoroso que os caracteriza?" Pacifico-me apenas quando focalizo a atenção na únicaqualidade que consigo ver em mim mesmo, que é de jamais desistir de ser dono da minha própria alma para pô-la, minimamente que seja, a serviço de alguma causa nobre que dignifique a vida, mesmo sendo uma tragédia ambulante em algumas questões existenciais, que é o que tento fazer.Quando penso na humanidade, aí é que a inquietação aumenta, pois somos todos cheios de tantas tendências e inclinações tão primárias, tão primitivas, e a curto prazo dificilmente mudaremos. Mas eles sabem que nós somos assim - digo a mim mesmo. Mas mesmo sabendo que eles sabem que a nós somos assim, vamos sentir um pouco de vergonha quando percebermos a obviedade do que Jesus e outros mestres e mestras desta humanidade tentaram nos ensinar e até hoje não os levamos a sério.Talvez seja uma "vergonha santa" a que vamos sentir e quem sabe se essesentimento não vai nos obrigar a melhorar um pouquinho mais rápido? A gente quem, poderá alguém perguntar? A família planetária, ou seja, todos os que vivem na Terra. Então isso será uma bênção!Será assim que, pouco a pouco, voltaremos a conviver com os nossos irmãosde outros orbes e, no futuro, com os afetos das nossas almas que estiverem desencarnados. Será um processo lento, que somente poderá ser apressado,dependendo do tipo de repercussão que esses primeiros contatos com os seres de fora possam provocar "positivamente" numa certa massa crítica desta humanidade.Como os avisos programados para preparar os terráqueos para essas primeiras visitas não deram certos - todas as principais opções falharam – que nós estamos fazendo, e outras pessoas na Terra, pertence a uma opção que não existia, pois que foi "engendrada de última hora" (nos últimos dois séculos XIX e XX), pelo menos é o que hoje penso a respeito.Fato é que Jesus, há 2 mil anos, já sabia disso, tanto que Ele disse: não tem jeito, a minha volta vai ser igual ao ladrão da noite, que ninguém espera que ele chegue e ele simplesmente chega. Naquele tempo, com a presciência que o marcava, Ele já conseguia ver no futuro distante que as suas ovelhas, mesmo as bem-intencionadas, não poderiam trabalhar direito, conforme o planejado. Acertou em cheio! Tinha que sobrar para alguns...Sobrou! Preparemo-nos, pois, Ele não tarda.Teremos dias difíceis, notadamente os primeiros do próximo mês de setembro ou outubro, e mais especificamente o dia três do mês referido, quando o que sobra das trevas pretende ainda macular a expectativa da sua volta com um acontecimento doloroso. Localizado, porém, doloroso. Muitos lutam para evitar o problema, mas o ódio longamente represado deverá ser extravasado de modo mais emblemático, talvez o preço da própria estupidez humana em não valorizar a vida. Que seja! Torçamos e trabalhemos com as nossas vibrações e atitudes para que isso seja evitado; mas, caso ocorra, em nada atrasará o dia agendado para a sua primeira visita as suas ovelhas queagora residem na Terra.Realmente, há cerca de dois mil anos Ele conseguiu perceber que a suaprometida volta seria mesmo inesperada... Tinha que sobrar para alguém... Sobrou!


Jan Val Ellam

Grupo Atlan, Natal, 17 de julho de 2006